Mesmo com a presença do artilheiro Hernán Barcos, o Palmeiras tem encontrado dificuldades para fazer gols no Brasileirão. E sem ele, como fica? O técnico Luiz Felipe Scolari ainda procura respostas no seu ataque para os próximos três jogos do torneio, nos quais não poderá contar com o Pirata, convocado pela Argentina para as partidas contra Paraguai e Peru, pelas Eliminatórias da Copa de 2014. A ausência de Barcos faz o ataque perder muito em aproveitamento. Ele não enfrenta o Sport, nesta quinta-feira, nem Atlético-MG e Vasco.
Barcos é lider em gols e finalizações do Palmeiras no Brasileirão. Mais do que isso: concentra boa parte do desempenho ofensivo em seus pés. Dos 18 gols no campeonato, sete são dele, o equivalente a quase 40% do total. Nas finalizações, a média de Barcos é de 2,5 por jogo, cerca de 20% do total da equipe, que é de 12 chutes a gol por partida.
Quando os números envolvem apenas as finalizações certas, Barcos se destaca ainda mais: o Verdão acerta 6,5 bolas no gol por partida, e o argentino tem média de 1,7, cerca de 25% do total. Preocupados, dirigentes comentam que o Palmeiras vai perder "meio time" sem o seu principal jogador. O presidente Arnaldo Tirone usou o termo com seus colegas mais próximos.
Nos últimos tempos, a dependência do atacante só aumentou. Desde a conquista da Copa do Brasil e a recuperação de uma crise de apendicite, Barcos fez sete dos últimos nove gols do Palmeiras. Graças a ele, o time se classificou para a segunda fase da Copa Sul-Americana e conquistou seis pontos fundamentais no Brasileiro, em vitórias contra Botafogo e Flamengo – só ele marcou nesses jogos. O Palmeiras tem 17 pontos na tabela e está a cinco do Coritiba, primeiro time fora da zona de rebaixamento. Sem os gols, a situação poderia ser ainda pior.
– Prefiro ficar mais perto da área, jogo assim faz muito tempo. Ficando mais próximo do gol, aumentam minhas chances. Mas estou pronto para ajudar onde o Felipão precisar – disse Obina.Na terça-feira, Luiz Felipe Scolari testou Obina na função de centroavante. A ausência de Barcos, pelo menos nesse ponto, pode ser benéfica. Quando o argentino está em campo, Obina precisa jogar em um posicionamento diferente, pelos lados do campo e marcando o lateral. Contra o Sport, ele poderá atuar onde mais gosta.
O substituto do Pirata apresenta números bem mais modestos no Brasileirão. Afinal, é ofuscado pelo titular de Felipão para o ataque. Obina fez 11 jogos no campeonato, foi titular em cinco deles e só fez um gol, contra o Náutico – justamente quando jogou como centroavante. A média de finalizações é de apenas 0,9 por jogo.
Enquanto Obina busca um lugar na equipe, Barcos realiza o sonho de defender a seleção argentina. Por outro lado, ele pode trazer um pesadelo aos palmeirenses. Fazer gols já está difícil. Fazer gols sem Barcos, mais ainda.
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