O Palmeiras está com dificuldades para contratar os reforços desejados para a próxima temporada. Sem dinheiro para contratar os “planos A” pedidos pelo técnico Gilson Kleina, o clube se baseia nas observações da comissão técnica para suprir as carências do atual elenco. Mesmo assim, o clube não conseguiu agilizar o processo e contratar os reforços mais modestos. Dois exemplos são o lateral-direito Cicinho e o volante Renê Júnior, ambos da Ponte Preta.
O interesse do Verdão por Cicinho foi revelado em outubro, e desde então o clube empurrava a negociação para depois do Campeonato Brasileiro. Enquanto isso, a Macaca alinhavou um novo contrato para o jogador e anunciou a renovação há duas semanas. Mesmo que não tivesse renovado, o próprio Palmeiras considerava que alguns rivais estavam à frente na disputa, caso do Fluminense. Um conselheiro ligado à diretoria mostrou irritação.
– Tirone e Frizzo dormem no ponto, demoram demais para tomar atitudes. Temos tentado mudar isso, mas enquanto não acontecer, vamos continuar perdendo todas as disputas - reclamou o cartola.
Com Renê Júnior, o interesse não passou para a fase seguinte, de negociação. O volante foi indicação de Gilson Kleina, mas quando o Palmeiras resolveu abrir conversas, encontrou o Santos em situação bem mais favorável. Renê, inclusive, pode fechar com o Peixe na próxima semana. No duelo entre os rivais pela última rodada do Campeonato Brasileiro, o técnico Muricy Ramalho até pediu referências para Kleina, que trabalhou com o jogador na Ponte.
O vice-presidente Roberto Frizzo não mostrou tanta preocupação com as negociações frustradas. A vontade de apresentar um reforço de peso para animar a torcida fez o dirigente rejeitar nomes mais modestos, mas com potencial. Encaixam-se nessa linha o zagueiro Cléber, da Ponte, o atacante Edno, do Tigres-MEX, e o atacante Alemão, do Guaratinguetá – este último indicado pela comissão técnica.
– Temos muita vontade de acertar, o torcedor sempre pode ter certeza disso. Estamos trabalhando bastante, o negócio do Cicinho não deu certo porque ele quis renovar contrato. Outros nomes têm sido analisados, esse Renê é um bom jogador, mas custa dinheiro... Não está fácil – lamentou Frizzo.
Ele e o gerente de futebol César Sampaio têm trabalhado em conjunto para tentar montar o elenco da próxima temporada. Gilson Kleina afirmou em entrevistas que sonha com seis bons reforços, mas que pelo menos três seriam aceitáveis. Até agora, só o lateral-direito Ayrton, do Coritiba, está acertado. Ele será apresentado em janeiro, na reapresentação do elenco alviverde.
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