Um dos maiores ídolos do Palmeiras dentro de campo, o ex-goleiro Marcos estreou em outra área, fora das quatro linhas, nesta terça-feira. O ícone alviverde lançou, nesta terça-feira, em livraria num shopping da zona oeste de São Paulo, seu livro, intitulado “Nunca Fui Santo”. A obra, feita em parceria com o jornalista Mauro Beting, conta histórias da vida do atleta, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional.
Mais de duas mil pessoas, de acordo com a segurança do shopping, compareceram ao local, transformando a livraria num estádio de futebol. O ex-governador José Serra, o ex-presidente palmeirense Luiz Gonzaga Belluzzo, o ex-craque Ademir da Guia e o atual vice de futebol do clube, Roberto Frizzo, marcaram presença.
- Nunca na minha vida eu esperava isso. Quando o Mauro falou para a gente escrever o livro, eu relutei. Quem sou eu para ter um livro? - disse Marcos, com seu discurso sempre humilde.
- Ao longo da carreira, a gente tem muitas histórias para contar, de vários amigos que a gente faz. Quando vi isto aqui (multidão no shopping), fiquei até preocupado de onde colocar tanta gente. Mas estamos aí, né? - emendou o ex-goleiro.
Marcos contou que, há algumas semanas, durante a comemoração do título da Copa do Brasil, tomou bronca de torcedores do Corinthians por ter provocado os rivais ao dizer "Se prepara que ano que vem não é o Boca, é o Verdão". O ex-goleiro levou com bom humor.
- O carinho dos palmeirenses e de outros torcedores por mim emociona. Eu falei aquilo para os corintianos depois da Copa do Brasil, alguns ficaram chateados, mas não passou de uma brincadeira. Ao longo da minha carreira tive a felicidade de sempre ter respeito de outras torcidas. A gente não existe se não tiver grandes rivais - disse Marcos.
Marcado pelo estilo simples e assumidamente caipira de Marcos, o livro de 168 páginas tem como principal destaque os casos engraçados dos bastidores do Verdão e da seleção brasileira, com relatos da Copa do Mundo de 2002, quando ele foi um dos principais destaques na campanha do penta nacional. A publicação enfatiza também o amor do ex-goleiro pelo Palmeiras, na contramão da paixão do seu pai pelo arquirrival Corinthians.
O título, "Nunca Fui Santo", é uma alusão ao apelido de “São Marcos”, dado pela torcida do Palmeiras após os feitos conquistados pelo ex-jogador na meta alviverde. No clube desde 1992, ele conquistou 13 títulos: dois Brasileiros (1993 e 1994), dois Rio-São Paulo (1993 e 2000), quatro Paulistas (1993, 1994, 1996 e 2008), uma Mercosul (1998), uma Copa do Brasil (1998), uma Libertadores da América (1999), uma Copa dos Campeões (2000) e o Brasileirão da Série B (2003).
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