O diretor de futebol César Sampaio marcou presença por aproximadamente 10 minutos. "Ele foi abençoar a reunião. Eu só pedi para ele dar um agrado, uma motivação. Os presentes pediram que ele desse opinião. Ele deu uma exposição muito rápida sobre o planejamento do ano que vem, ficou alguns minutos", explicou Piraci ao Terra.
A sua iniciativa causou estranheza, pois já há um projeto para eleições diretas com a assinatura de 81 conselheiros no Conselho Deliberativo do Palmeiras aguardando votação. O Movimento Diretas Já, que organizou três manifestações públicas, realizou um protesto virtual durante a reunião porque acredita que uma nova proposta vai atrasar ainda mais a votação da que já existe e foi arquivada pelo presidente do Conselho, José Ângelo Vergamini.
Opositores ainda acreditam que Piraci sabe que um dia as eleiçõs diretas serão aprovadas e pretende ser associado a elas com esse novo projeto para iniciar sua campanha à presidência.
"Isso é uma bobagem da linha de quem busca apenas me denegrir. Eu nunca disse que sou candidato a nada. Não se chuta cachorro morto. Esse movimento que estou criando começa a ganhar corpo, adesão, espaço na mídia. Aquela mudança é ruim, é fraca, é simplista. Estou propondo uma solução mais definitiva, muito mais profunda", contou o dirigente.
Piraci quer também a redução do número de conselheiros vitalícios, punições a membros do Conselho de Orientação fiscal que vazarem documentos, a possibilidade de impeachment caso o dirigente comprometa verbas futuras do Palmeiras e um comitê administrativo que tenha poder de veto sobre o presidente em questões grandes.
Esta última causou mais polêmica na reunião, pois poderia diminuir o poder do presidente, e tem semelhanças com o conselho gestor proposto pelo ex-presidente Mustafa Contursi.
O comitê seria formado por nove pessoas. O presidente poderia escolher dois. Cada grupo de 40 conselheiros teria direito a indicar um representante. As principais decisões seriam colocadas em votação e a decisão do presidente seria vetada caso mais da metade dos membros votasse contra.
"Acho uma grande ideia, com a modéstia que não me cabe. O maior grupo de oposição é a união verde e branca. A união tem 40 conselheiros. Fora esta possibilidade que estamos tendo de conversar, eles não têm nenhuma condição. Eles poderiam indicar um membro e estar ali, uma vez por mês, reunidos com o presidente, questionando", explicou.
"Sou contra o conselho gestor, que geriria o futebol. Não tem nada a ver, não tem nenhum paradigma. Eu proponho que as minorias tenham uma cadeira no conselho e o presidente preste contas e dê ouvidos", acrescentou.
As ideias apresentadas por outros membros envolvem a obrigação de 20% do time principal ser formado por jogadores da base, a separação do futebol da parte social do clube e a profissionalização de setores chave.
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