A relação entre as diretorias de Palmeiras e Flamengo está abalada desde que o time rubro-negro manifestou interesse na contratação do então alviverde Kleber, no ano passado. Agora, a situação piorou ainda mais, com a acusação dos cariocas de que o clube paulista tentou contratar Ronaldinho.O vice-presidente de futebol palmeirense, Roberto Frizzo, tenta minimizar o clima de rivalidade entre os clubes, mas admite que viu o adversário tentando jogar a responsabilidade para o Palestra Itália.
"Não digo que foi uma precipitação (a acusação dos cariocas). Eles precisavam dar uma satisfação para a torcida deles e, para não assumirem a perda como responsabilidade deles, quiseram passar a bomba", ponderou o dirigente.
"Tenho de cuidar do Palmeiras e não falei com o pessoal de lá. Não estou aqui para ser amiguinho ou inimiguinho de ninguém". Apesar do discurso de Frizzo, o presidente Arnaldo Tirone está disposto a responder à notificação extrajudicial que recebeu do Flamengo, que ameaçou cobrar R$ 325 milhões do Palmeiras caso o clube contratasse o atleta. Na tarde de segunda-feira, o meia-atacante foi confirmado oficialmente como novo jogador do Atlético-MG.
"O Palmeiras não tinha nada a ver com isso e nós não tínhamos falado com o jogador. Ele tem uma liminar que ainda pode ser cassada a qualquer momento", acrescentou o vice.
Assim que Ronaldinho deixou o Flamengo por meio de uma liminar, o Palmeiras foi colocado como possível destino do jogador. Os dirigentes sempre negaram a existência de negociação, apesar de admitirem que Luiz Felipe Scolari gostaria de contar com o atleta.
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