A reunião do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) do Palmeiras na última quinta-feira terminou de um jeito já conhecido nos últimos meses: as contas do mês de abril foram reprovadas por nove votos a seis, mantendo assim a tendência de pressionar o presidente Arnaldo Tirone por explicações sobre gastos considerados desnecessários. O mandatário não participou da reunião na sala de imprensa da Academia de Futebol.
Os gastos com o futebol no mês foram de quase R$ 8,5 milhões, fato que deixou o COF ressabiado. Os conselheiros do órgão alegam que receberam a promessa de que a “torneira seria fechada”, já que o clube atravessa uma crise financeira. O Conselho vai cobrar explicações de Tirone em relação aos gastos – a contratação de Wesley e o patrocínio da empresa automotiva Kia Motors são os principais alvos.
Outra decisão da reunião diz respeito à investigação de várias comissões pagas a empresários e intermediários para contratações realizadas entre 2011 e 2012. De acordo com a análise do COF, são mais de R$ 6 milhões em comissões indevidas. A contratação de Daniel Carvalho é a que gera mais suspeitas do órgão: foram mais de R$ 2 milhões para comprar 20% dos direitos econômicos e pagar comissão a uma empresa que pertence ao pai do jogador.
– Temos de dar um basta em tudo isso, sanguessugas veem no Palmeiras a oportunidade de ganhar dinheiro. Pior: conseguem – disse um conselheiro do COF.
A alegação dos membros do órgão é que a comissão paga na chegada do jogador faz o clube “pagar duas vezes” por um só atleta. Por isso, o COF promete fechar o cerco e analisar de forma minuciosa todas as transações da gestão Arnaldo Tirone.
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