quinta-feira, 3 de maio de 2012

Afastado, Wendel reduz salário e cria coragem para falar com Felipão


O Palmeiras passa por uma reformulação, com a dispensa de alguns atletas e a contratação de outros. Mesmo assim, três jogadores continuam em situação complicada no clube. Formados nas categorias de base do Verdão, o volante Wendel, o meia William e o atacante Daniel Lovinho treinam separados do restante do elenco.
Como não faz parte dos planos do técnico Luiz Felipe Scolari, o trio trabalha na Academia de Futebol em horário diferente do grupo principal, de segunda a sexta-feira. Com mais de cem partidas pelo clube, Wendel tenta chamar a atenção do treinador para ganhar uma oportunidade, mas admite que nunca conversou diretamente com o pentacampeão.
“Vou criar coragem para conversar com ele”, vislumbra o atleta, que não faz críticas ao treinador. A reportagem da Gazeta Esportiva.Net conversou com os três jogadores, que tentam retomar suas respectivas carreiras.
Wendel teria contrato apenas até o fim deste ano, mas renegociou o acordo e renovou até dezembro de 2013, reduzindo seu salário pela metade. Confira abaixo a entrevista com o volante. Já na sexta-feira, a reportagem será sobre Daniel Lovinho e William.
Gazeta Esportiva.Net: Como está sua rotina de trabalho separado do elenco? 
Wendel: Estou treinando separado desde janeiro, por opção do treinador, pois o Felipão falou que não me utilizaria. Mas tenho contrato com o Palmeiras até o ano que vem e minha principal vontade é permanecer aqui, nunca quis sair. São 150 jogos pelo clube, vim da base e tenho moral com a torcida. O Palmeiras tentou me emprestar, mas eu disse que não iria para qualquer time. Só vou para time com o mesmo nível do Palmeiras. Mas minha maior vontade é seguir aqui e estou aguardando, tenho esperança de que o professor Luiz Felipe me dê uma oportunidade.


Wendel está treinando separado e tem esperança de ser reintegrado ao elenco
GE.Net: Você está chateado com o Felipão? 
Wendel: Não gosto de falar que estou chateado, para não criar um clima de rivalidade, porque isso só iria dificultar minha integração. A palavra certa é oportunidade, porque conheço o clube, tenho experiência aqui. Ele é um treinador de nível, com um grande currículo, e tenho vontade de trabalhar com ele. Sei que posso agradá-lo, tenho a forma que ele gosta, sou um profissional com garra.

GE.Net: O Palmeiras acabou de liberar os meio-campistas Chico e Tinga. Acha que pode ter uma chance neste espaço? 
Wendel: Como saíram os meninos, estou nessa esperança de poder ser reintegrado. Conversei com seu Frizzo (vice de futebol), Galeano e César Sampaio sobre isso.
GE.Net: E não falou com o Felipão? 
Wendel: Diretamente não, porque tem o pessoal que passa para ele. Nunca tive uma conversa com ele, mas já tive vontade de falar pessoalmente. Vou criar coragem para conversar com ele.
GE.Net: Você é um jogador versátil, podendo atuar no meio e na lateral. Acha que isso pode contribuir? 
Wendel: Vou me colocar à disposição, sem pressão para jogar. Sou volante de origem, mas posso jogar também na lateral. Sempre vinham laterais contratados e eu acabava jogando. Tenho experiência em Brasileiros também. E tive boa passagem pelo Santos, já atuei em jogos decisivos, clássicos... Acho que posso ajudar bastante. Todo mundo gosta de mim, nunca tive problema aqui.
GE.Net: É muito complicado trabalhar afastado dos demais?
Wendel: É uma coisa que não desejo para ninguém, achei que nunca fosse passar por isso. Espero que não aconteça com outros.
GE.Net: Vocês treinam com o preparador físico Marco Aurélio Schiavo. Trabalham também com bola? 
Wendel: Quando tem poucos atletas, é mais trabalho físico mesmo. Mas é muito bom o trabalho dele. No ano passado, treinei um pouco separado e depois fui para o Atlético-PR. Cheguei lá com o mesmo nível dos outros, foi só uma questão de pegar ritmo de jogo. Ele é muito profissional.
GE.Net: Você tinha um contrato até o fim deste ano, mas renovou até dezembro de 2013 para ganhar metade do valor. Por que tomou esta decisão? 
Wendel: Isso é uma coisa muito importante, para mostrar meu amor pelo clube. Eu tinha um salário um pouco mais alto, mesmo estando separado. E o Palmeiras precisava reduzir gastos. Reduzimos pela metade o salário, para eu permanecer no clube. Ficou melhor para eles, porque reduziram a folha. É como se eu trabalhasse um ano de graça, só para permanecer no clube.

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