Nos anos 90, nenhum técnico queria trombar com os times de Luiz Felipe Scolari em fases de mata-mata das competições nacionais e internacionais. O formato sempre foi uma especialidade do atual técnico do Palmeiras, que conquistou uma série de títulos com o estilo guerreiro e motivador típico desses torneios. Mas desde que voltou ao clube, em julho de 2010, Felipão não tem repetido esse sucesso. Diante do Paraná, nesta quarta-feira, às 21h50m (horário de Brasília), o comandante tenta superar a recente eliminação para o Guarani, no Campeonato Paulista, e triunfar em seu sexto torneio de mata-mata como técnico do Palmeiras.
Nos cinco anteriores, Felipão fracassou com o time e sequer conseguiu chegar a uma final. A galeria de títulos conquistados em mata-matas ainda é invejável: duas Libertadores (Grêmio-95 e Palmeiras-99), uma Copa Mercosul (Palmeias-98), duas Copas do Brasil (Grêmio-94 e Palmeiras-98), um Brasileiro (Grêmio-96), uma Copa do Mundo com a Seleção, em 2002, sem contar os títulos regionais e estaduais. O problema é que tudo isso ficou para trás, e o comandante precisa provar novamente sua capacidade de motivar um time desacreditado.
A primeira eliminação da nova era Felipão foi a mais traumática. O Palmeiras fazia grande campanha na Copa Sul-Americana de 2010, e o duelo das semifinais contra o Goiás, rebaixado no Brasileirão, não seria dos mais difíceis. No primeiro jogo, vitória por 1 a 0 em Goiânia e um passo dado rumo à final. Mas a volta no Pacaembu foi quase inacreditável: derrota por 2 a 1, de virada, e decepção para os mais de 30 mil palmeirenses que lotaram o estádio naquela noite.
Depois dessa, foram mais quatro insucessos em mata-matas: caiu na semifinal do Paulista de 2011 contra o Corinthians, nas quartas de final da Copa do Brasil do mesmo ano, contra o Coritiba (e com goleada por 6 a 0 contra), e na primeira fase da Copa Sul-Americana diante do Vasco, que priorizava o Campeonato Brasileiro. A eliminação deste domingo para o Guarani completa a relação.
Em visita ao programa Arena SporTV, na semana passada, Felipão falava de sua predileção pelos mata-matas, dias antes do confronto com o Bugre.
– Gosto muito desse tipo de competição, vocês sabem. Sempre gostei. Então vou tentar passar um pouco do que vivi para ajudar esse time a superar a série de jogos decisivos que tem pela frente – disse o técnico, na ocasião.
Contra o Paraná, Luiz Felipe Scolari tem uma nova caminhada para tentar retomar seu prestígio nesse tipo de campeonato. A Copa do Brasil ainda está nas oitavas de final, mas a pressão sobre o comandante é grande, principalmente depois da queda no estadual.
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