Na parte financeira, o Palmeiras vive um 2012 um pouco mais tranquilo do que 2011. Mas isso não significa que o clube esteja atento aos gastos do departamento de futebol, principal fonte de movimentação de dinheiro. Depois de abrir os cofres com a ajuda de investidores, trazer nomes como Wesley e Hernán Barcos, e manter o zagueiro Henrique, a política para o segundo semestre começa a ser traçada. As contratações dos desconhecidos Mazinho e Fernandinho, do Oeste, dão o sinal: o Verdão fará novas apostas para compor o elenco do Brasileirão.
Desta vez, porém, a situação é diferente da vivida em 2011. Na ocasião, nomes como Gerley, Pedro Carmona e Wellington Paulista foram contratados para resolver, vieram para ser titulares.
Nenhum deles convenceu, e apenas Carmona permanece no clube, entrando em poucos jogos. Agora, a diretoria considera que o Palmeiras tem um elenco consolidado, que precisa apenas de uma ou outra peça de reposição – e para isso o clube não pretende gastar muito.
Mazinho e Fernandinho, por exemplo, foram emprestados de graça ao Palmeiras até o fim do ano. Há um valor fixado para a aquisição dos direitos econômicos, mas desta vez o clube terá a chance de testá-los sem ônus. Com Gerley, por exemplo, o Verdão gastou pouco mais de US$ 1 milhão para tirá-lo do Caxias – e hoje está emprestado ao Bahia, sem ganhar nada da equipe nordestina.
NEGOCIAÇÕES EM 2012 | |
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Jogador | Valor |
Juninho | não divulgado |
Daniel Carvalho | sem custos |
Adalberto Román | R$ 370 mil |
Hernán Barcos | R$ 6,9 milhões |
Artur | sem custos |
Wesley | R$ 14 milhões |
Mazinho | sem custos |
Fernandinho | sem custos |
– Foram apostas, e em apostas você pode errar ou acertar. Para o Brasileiro, buscamos oportunidades como essa dos meninos do Oeste, que vão custar pouco e podem render. Essa é a tendência para a temporada, temos um elenco praticamente formado – afirmou o vice-presidente Roberto Frizzo.
A diretoria entende que já fez as contratações de impacto necessárias para tornar o time competitivo (leia-se Juninho, Daniel Carvalho, Barcos e Wesley). Só com Wesley, que se machucou e não joga pelos próximos seis meses, o Verdão vai gastar mais de € 6 milhões (R$ 14 milhões), sem contar impostos e taxas de transferência – tudo com a ajuda de um investidor, mas também abrindo os cofres.
A partir de agora, comissão técnica e diretoria vão apenas identificar posições que precisem de reposição para melhorar o elenco. O lateral-esquerdo Fernandinho chegou para suprir a saída de Gerley, na posição de reserva de Juninho. Mazinho é mais um atacante para o setor, pedido constante de Luiz Felipe Scolari. O clube ainda busca um substituto para Wesley e outro atacante, mas o torcedor palmeirense não deve esperar nomes tão conhecidos.
– É tudo questão de oportunidade, mas vamos trazer jogadores de bom potencial e que possam compor o elenco. O Wesley só jogou quatro vezes, já estávamos acostumados sem ele. E volta depois, então não vamos torrar dinheiro em um jogador do mesmo setor dele – avisou Roberto Frizzo.
Mesmo com a chegada de Mazinho, o Verdão procura outro atacante pelo fato de três de seu elenco terem futuro incerto: Ricardo Bueno e Fernandão têm contratos vencendo em maio, e apenas um deles deve permanecer, e Vinícius ainda não resolveu sua renovação, e já pode assinar pré-contrato com qualquer equipe.
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