De um lado, a defesa menos vazada do Paulistão. Do outro, o ataque mais eficiente da competição. O clássico entre Corinthians e Palmeiras, neste domingo, no Pacaembu, vai colocar em prova o bom desempenho e o ponto forte dos rivais, que têm se revezado na liderança do Estadual até aqui. Quem vencer tem grandes chances de garantir a ponta isolada na classificação – já que o São Paulo pega o Mirassol e pode se aproveitar de um tropeço dos rivais para “roubar” a primeira posição.
No Verdão, o bom desempenho do ataque chega a ser surpreendente se comparado ao do ano passado, o segundo pior do Brasileirão-2011 (43 gols marcados em 38 jogos). Neste ano, já são 32 gols só nas primeiras 14 rodadas do Estadual. Pela Copa do Brasil, mais quatro marcados sobre o Coruripe-AL, na primeira fase. A mudança atende pelo nome de Hernán Barcos. O argentino chegou mostrando faro de goleador e a dupla com Maikon Leite tem funcionado bem – tanto que os dois ainda não foram derrotados.
O bom aproveitamento do ataque alviverde, quase duas vezes maior que o do Corinthians (marcou 19 gols), já causa preocupação no Alvinegro. O zagueiro Chicão prometeu analisar vídeos com jogadas de Barcos e o atacante espera usar da movimentação para receber a bola em condições de marcar.
O lateral-direito Cicinho ressalta a importância do duelo, mas acha que os vários fatores envolvendo o clássico podem deixar o jogo mais “travado” do que os torcedores das duas equipes gostariam.
– Acho que vai ser o jogo do ano por ser um Palmeiras e Corinthians. Mas acredito que vai ser mais fechado, acho que os times não vão sair muito para o jogo no começo – disse, cauteloso.
Se depender da zaga corintiana, o lateral palmeirense deve ter razão. Hoje com Chicão e Leandro Castán entre os titulares, a defesa do Timão tem média impressionante: somente nove gols sofridos no Paulistão – o Verdão, por outro lado, já levou 16. Desde a chegada do técnico Tite, em 2010, não levar gols tem sido o ponto forte do Corinthians e tamanho equilíbrio já deu resultado: o título brasileiro no fim do ano passado. Tite faz a lição de casa e estuda a melhor forma de parar o setor ofensivo do adversário.
– O Barcos tem qualidade no cabeceio, na bola no chão, na tabela. Tem o Maikon Leite, o Valdivia com a assistência, o Assunção com a bola parada, o Juninho vem muito bem pelos lados... O Palmeiras é forte no conjunto e na individualidade – ressaltou o técnico alvinegro.
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