Hernán Barcos precisou de menos que dois meses para ganhar a simpatia da exigente torcida do Palmeiras. Firme nas palavras, ainda misturando português com espanhol, o atacante mostra personalidade fora do campo. Dentro dele, os gols falam por si: em 11 jogos, já são nove marcados com a camisa do Verdão.
O apelido de ‘El Pirata’, trazido da LDU-EQU, era rejeitado a princípio pelo argentino – que queria ser lembrado somente como Hernán Barcos. Mas não teve jeito. A torcida gostou, o Pirata alviverde assumiu a alcunha e criou até uma comemoração personalizada, imitando um tapa-olho.
Nos treinamentos, ao lado dos companheiros, o jeitão sério fica de lado e as brincadeiras são constantes. Principalmente com Maikon Leite, seu companheiro no melhor ataque do Paulistão. O atacante argentino lembra da angústia dos dias antes da estreia – já que a negociação com a LDU tornou-se uma novela – e diz que já recebia o carinho da torcida quando assistia às partidas nas tribunas do Pacaembu. Só não entendia muito bem a música cantada pelos palmeirenses em sua homenagem...
É lindo ser reconhecido assim. Quando cheguei, não entendia o que cantavam, se era mesmo para mim. Agora que dizem 'pirata, pirata', eu compreendo"
Barcos
– É lindo ser reconhecido assim. Quando cheguei, não entendia o que cantavam, se era mesmo para mim. Agora que dizem “Pirata, Pirata”, compreendo bem (risos) – afirmou o atacante.
– Não esperava ter um começo tão agradável, antes de jogar ia ao estádio e já sentia o carinho da torcida. Foi muito importante para mim. Quando estreei, já me aplaudiram e isso me deu muita confiança – completou.
Barcos entrou rapidamente na lista de jogadores argentinos que se adaptaram bem ao futebol brasileiro. Com gols, boa movimentação e até uma contagem regressiva estampada nas chuteiras (que no momento marca “-18”, número de gols restantes até alcançar os 27 prometidos na chegada ao clube), a comemoração com a mão no olho e braço erguido tem sido constante nos jogos da equipe. Ele não sabe explicar porque brasileiros não conseguem adaptarem-se ao futebol argentino, mas ressalta que não é fácil a mudança.
– Fácil não é. O futebol brasileiro pode ser diferente do futebol argentino, que é mais físico. Aqui no Brasil ele é mais técnico. Depende da adaptação. Estou bem, em um bom caminho. Sinto que tenho que melhorar em muitos aspectos. Tenho certeza que ser ainda melhor – declarou Barcos
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