Valdivia faz exames de estudo genético na Academia |
Os jogadores do Palmeiras passaram por um exame diferente do habitual na última sexta-feira, antes do treino na Academia de Futebol. Participando de um estudo inédito no Brasil, os atletas foram submetidos a uma pesquisa de material genético, que visa traçar um perfil padrão dos esportistas de alto rendimento. O projeto, chamado Atletas do Futuro, é comandado por uma equipe da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
A iniciativa dos pesquisadores começou há oito meses e tem como objetivo formar um banco genético que sirva para determinar as características de resistência e força do jogador. Com os dados em mãos, é possível orientá-los mais precisamente no tipo de treinamento a ser feito e até na posição a ser ocupada em campo. Além de personalizar o treinamento, o estudo também ajudará a detectar chances e prevenir possíveis lesões.
– Quanto mais informações tivermos dos atletas, é melhor. Um estudo deste gênero é mais uma ferramenta para que possamos trabalhar com uma carga e uma intensidade de treinamento adaptadas para cada atleta e, além disso, também para prevenir lesões – disse Anselmo Sbragia, preparador físico do Verdão.
A coleta foi feita através da saliva dos jogadores e deve ser enviada para um laboratório, onde serão feitas as análises. O médico e professor João Bosco, coordenador do projeto, ressalta que o Palmeiras é pioneiro no Brasil e que não há outra pesquisa do gênero em âmbito mundial. No futuro, os dados colhidos podem servir para as categorias de base, determinando o esporte e a posição ideal, geneticamente, para cada atleta.
– O Real Madrid colhe o material genético de seus jogadores e utiliza os resultados no dia a dia, mas um estudo deste, com atletas de diferentes modalidades, não existe – explicou João Bosco.
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