O volante Marcos Assunção tinha o rótulo de “salvador” do Palmeiras na última temporada. Mesmo com o time em crise, os gols e assistências do capitão eram as principais armas ofensivas da equipe. Agora, com elenco diversificado e uma boa fase que já dura 21 jogos e cinco meses – período de invencibilidade do Verdão – o volante começa a repensar seus planos. Se antes a intenção era encerrar a carreira no fim do ano, Assunção deve estender sua permanência no futebol caso conquiste títulos em 2012.
Identificado com o Palmeiras, o volante nem cogita trocar de clube, aos 35 anos. Com uma das pontarias mais calibradas do futebol brasileiro, Assunção é o terror dos rivais. Tanto que, a cada falta próxima à área adversária, a torcida palmeirense comemora como se fosse gol. Os números comprovam: só em 2012, são cinco gols marcados e oito assistências. Desde que chegou ao clube, em 2010, marcou 26 gols, a maioria de falta.
– Se as coisas continuarem assim, começo a pensar que será difícil. O time está bem, ganhando, conquistando vitórias... Se no fim do ano as coisas terminarem assim como estão hoje, vai ser difícil parar – revelou Marcos Assunção.
Dedicado aos treinamentos, logo conquistou a confiança e a faixa de capitão do técnico Luiz Felipe Scolari – que vê no volante, ao lado do zagueiro Henrique, um grande poder de liderança sobre o grupo. Contra o Coruripe-AL, depois de um primeiro tempo complicado em Jundiaí, Assunção foi decisivo: marcou o primeiro de falta e abriu o caminho para a goleada, que ainda teve um gol de Barcos após cruzamento do volante. Felipão faz coro para que ele não encerre a carreira ao fim do contrato.
Se no fim do ano as coisas terminarem assim como estão hoje, vai ser difícil parar"
Marcos Assunção
– Se ele continuar correndo igual a um maluco, pode jogar mais uns dois ou três anos tranquilamente – brincou o técnico.
Neste domingo, contra o Corinthians, o volante tenta marcar pela primeira vez contra o maior rival do Palmeiras. Do outro lado, no entanto, tem um grande obstáculo: Paulinho. No último Brasileirão, os dois disputaram o prêmio de melhor volante da competição e o corintiano levou a melhor. No Pacaembu, Assunção espera final diferente.
– Paulinho é um grande jogador. Nos últimos anos sempre brigamos para estar entre os melhores dos campeonatos. Desde a minha volta ao Brasil, sempre tive essa briga. Ele e o Ralf são sensacionais, muito bom jogadores – elogiou.
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