O Palmeiras aderiu recentemente à moda “retrô”, contratando jogadores que já tiveram passagens anteriores pelo clube. A fórmula foi barata, evitou grandes gastos por parte da diretoria, mas gerou dúvidas sobre o rendimento dos reforços. Nesta linha chegaram o atacante Obina, o volante Correa e o lateral-esquerdo Leandro, que já passaram pelo Verdão em outras oportunidades.
Os dois primeiros foram fundamentais na vitória por 3 a 1 sobre o Sport, nesta quinta-feira, no Pacaembu , e já trazem um bom custo-benefício ao Verdão na luta contra o rebaixamento.
Para o técnico Luiz Felipe Scolari, o mais importante nem é o que esses nomes estão fazendo ou podem fazer dentro de campo, mas sim o tamanho da contribuição que eles podem dar fora dele, com confiança, conhecimento prévio do ambiente e experiência.
– O que notei desses jogadores é que eles ainda possuem o ambiente de quando estavam presentes, foram vencedores aqui. As brincadeiras, a forma como eles agem no dia a dia, é disso que eu tenho gostado mais. O Leandro ainda não estreou, e o Correa quando jogou foi muito bem. Eles têm essa identificação com o Palmeiras, receberam a oportunidade que nenhuma outra equipe estava dando. O Correa estava há 60 dias sem jogar, o Leandro mais ainda. Então eles se sentem felizes com essa chance e vão dar um pouco mais ao Palmeiras – analisou Felipão.
Correa chegou ao Palmeiras sem custos, depois de ter encerrado seu contrato com o Dínamo de Kiev, da Ucrânia. Foi apresentado às pressas, mas tem sido utilizado e já fez dois gols, ambos de fora da área – contra Santos e Sport. Nesta quinta, o volante foi um dos melhores em campo e contribuiu para o alívio momentâneo da equipe no Campeonato Brasileiro. Ele havia defendido o Verdão entre 2003 e 2006.
Obina foi contratado na mesma linha, mas por empréstimo do Shandong Luneng, da China, e com um salário até menor do que o de sua primeira passagem, em 2009, quando saiu após uma briga com o zagueiro Maurício. Substituto de Barcos, que defende a seleção argentina, ele correspondeu com uma bola na trave e um gol contra o Sport. Já Leandro, alviverde entre 2007 e 2008, chegou na terça-feira e já ficou no banco de reservas nesta quinta.
– Quem chegou agora já conhece a casa, o Leandro tem mais de 100 jogos com essa camisa, é de grupo e chegou para somar. Nós conhecemos o peso dessa camisa e procuramos dar nossa parcela de contribuição. Conseguimos dar a resposta dentro de campo – comemorou Correa.
Fora de campo, o custo-benefício trazido pelo volante já anima a diretoria, que prevê um futuro mais longo para Correa dentro do Palmeiras.
– Se continuar assim, pode ficar por mais tempo. Não era uma aposta, era uma realidade. Sabíamos que ele teria alguma desconfiança, mas mostrou que é o mesmo Correa da primeira passagem – elogiou o vice-presidente Roberto Frizzo.
Coincidência ou não, o trio tem contrato só até o fim do ano. Era um risco que o Palmeiras corria, de apostar em jogadores que vinham em baixa. Mas, na visão de diretores e comissão técnica, o saldo tem sido positivo. Se o Palmeiras se livrar do rebaixamento, Obina, Correa e Leandro são fortes candidatos a permanecerem para a disputa da Taça Libertadores de 2013.
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