A ouvidoria de arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) constatou mais erros em partida envolvendo o Palmeiras. Desta vez, o responsável por analisar os lances, Aristeu Leonardo Tavares, achou equívocos do trio de juízes nos dois gols do Cruzeiro, que venceu o jogo por 2 a 1, no dia 29 de julho, no Independência, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O time mineiro abriu o placar em um pênalti assinalado pelo árbitro Fabrício Corrêa e que foi bastante contestado pelos palmeirenses. O ouvidor atesta que houve infração de João Vitor sobre Montillo, mas confirma a versão do Palmeiras de que o contato aconteceu fora da área.
"Houve uma falta de um jogador do Palmeiras sobre um atacante do Cruzeiro, que ocorreu quase na linha frontal da área penal, mas o árbitro marcou pênalti por ter entendido que o fato se deu na área. Erro do árbitro da partida", escreveu o ouvidor no relatório.
Aristeu Leonardo Tavares também viu erro no segundo gol celeste, assinalado por Borges, mas que teve posição irregular de Wallyson, que participou do lance dando a assistência. O ouvidor relatou que a jogada foi definida para as redes após "uma infração de impedimento não sinalizada" pelo assistente José Eduardo Calza.
Na conclusão do documento, o ouvidor sugere à comissão de arbitragem da CBF treinamento de posicionamento para o árbitro e o assistente envolvidos nas jogadas. Este é o segundo relatório favorável ao Palmeiras em relação à arbitragem, pois a ouvidoria também constatou falha na partida com o Bahia.
As análises foram feitas depois de reclamações formais do clube paulista, que já entrou com pedido de observação do jogo contra o Botafogo. Apesar da vitória por 2 a 1, o Palmeiras contesta o impedimento anotado no que seria o terceiro gol de Barcos contra os cariocas. O diretor jurídico do clube, Piraci Oliveira, explica que não acredita em perseguição, mas promete enviar protestos sempre que se sentir prejudicado.
"O Palmeiras está atento em sua posição e vai reclamar sempre que houver prejuízo, esperamos que as punições de árbitros levem a melhorias de treinamento e procedimento. Não achamos que seja má fé ou perseguição, e sim uma coincidência, mas sempre negativa relativa ao Palmeiras. Os sucessivos erros de árbitro são umas das razões para o time estar na zona de rebaixamento", afirmou o dirigente.
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