Palmeirense roxo, Ronaldo nasceu em Fortaleza, no Ceará, e veio para a cidade de São Paulo em 1994. Em 2002, convidado por um amigo, o cearense começou a trabalhar na Academia de Futebol. “Eu auxilio todos os gramados, faço a manutenção de tudo o que precisa. Não tenho uma função definida, eu faço de tudo”, contou.
Projeto África Moçambique
A ideia do projeto surgiu em 1987, mas foi em 2009 que o Projeto África Moçambique começou a ajudar a população de Moçambique a ter uma vida melhor. O trabalho não gera lucros aos idealizadores e conta com a doação de uniformes do Palmeiras para a realização de torneios de futebol com as crianças africanas. Nesta sexta-feira (06), às 18h30, Ronaldo embarca rumo à realização de um sonho.
“A princípio, o projeto era para o Ceará, pois há muita pobreza por lá. Mas, após voltar do Ceará, ele (o idealizador do projeto) foi conhecer a África e viu que a necessidade de lá é muito maior. Como eu estou cursando educação física, ele perguntou se eu gostaria de ajudar as crianças da África com o esporte.”
“O nosso trabalho é tirar as pessoas das ruas, abrir a mente delas. Vamos começar com as crianças, eu vou trabalhar com o esporte. Nós vamos organizar campeonatos de futebol para as crianças. E, principalmente, tirá-las das drogas”, disse o funcionário do Verdão.
Ronaldo ficará 30 dias no continente africano, mas revelou que, se pudesse, ficaria mais. “Eu nem imaginava sair de São Paulo, muito menos do Brasil. Eu fui para Moçambique, pela primeira vez, em julho de 2010 e gostei do trabalho. Seis meses depois, eu fui novamente. Agora, eu vou para ficar 30 dias, se fosse possível, gostaria de ficar 60”, declarou.
Porém, quando o assunto é morar fora do país de origem, o palestrino não tem dúvidas. “Já existiu a especulação de ficar na África depois que eu me formar (em educação física). Quando eu estou trabalhando com as crianças, eu gosto muito, mas sinto falta do Brasil. Lá é outra realidade, não existe harmonia e carinho, igual aqui. Não me vejo morando fora do meu país.”
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