Sampaio se ‘desculpa’ por final em Barueri e pede reservas no Brasileiro

Cesar Sampaio, gerente de futebol do Palmeiras

O Palmeiras se acostumou a jogar na Arena Barueri, e por isso o estádio da cidade vizinha a São Paulo será a casa da equipe na decisão da Copa do Brasil contra o Coritiba, no próximo dia 5 de julho. A justificativa é de que os jogadores participaram da escolha e se mostraram mais confortáveis lá do que em Pacaembu ou Morumbi, alternativas também levantadas pela diretoria. Por outro lado, a torcida teve grandes dificuldades de acesso ao local – principalmente na semifinal com o Grêmio, que recebeu mais de 26 mil pagantes.

Nesta terça-feira, o gerente de futebol César Sampaio ressaltou esses problemas e chegou a pedir desculpas aos torcedores que deverão encarar novos obstáculos para chegar à Arena. No entanto, reforçou a importância da opinião do elenco na escolha do palco da decisão. De acordo com o dirigente, os jogadores precisam ser beneficiados.

– Tínhamos de ouvir os jogadores. Tudo o que você puder trazer de conforto e comodidade a eles, é melhor. É um diferencial. A decisão dos atletas pesou, pois lá eles se sentiram mais à vontade. Até pedi desculpas aos torcedores, pois a logística para chegar até lá é mais complicada. Lamento pelos torcedores, mas gostaria que eles entendessem. Uma conquista dessas pode reposicionar o Palmeiras no cenário internacional, com a disputa de uma Libertadores – disse César Sampaio.

Até mesmo quem foi como convidado contra o Grêmio teve dificuldades para chegar a Barueri, caso do ex-jogador Djalminha, que só chegou no intervalo da partida.

Reservas contra a Ponte
César Sampaio aproveitou a entrevista desta terça-feira para comentar a decisão da CBF em adiar por apenas um dia o jogo entre Ponte Preta e Palmeiras, no Moisés Lucarelli, pelo Brasileirão. O jogo seria no dia 7 de julho, sábado, e passou para o dia 8, domingo, ainda entre os dois jogos da final da Copa do Brasil.

O Verdão queria um adiamento maior, e parte da diretoria acredita que a recusa da entidade seja uma retaliação pelo fato de a final não ser realizada no Morumbi, desejo do presidente José Maria Marin. César Sampaio prefere não acreditar nesta hipótese, mas não escondeu a insatisfação com o fato de ter que enfrentar a Ponte no meio das decisões. O jogo deve contar com um time inteiro de reservas do Palmeiras.

– Solicitamos a mudança para uma data posterior à final da Copa do Brasil, mas disseram que o calendário não comportava. Vamos priorizar a Copa do Brasil para não corrermos o risco de perder atletas. Com esse jogo no meio, seremos obrigados a priorizar – ressaltou o dirigente.

Verdão e Coxa (que pega o São Paulo no dia 8) pediram adiamento em conjunto de seus jogos. César Sampaio ainda não conversou com a comissão técnica, mas depois da primeira decisão, no dia 5, o clube deve confirmar a utilização de reservas diante da Ponte.

– Não podemos expor nossa força máxima, sempre existe a chance de alguém se machucar – disse César Sampaio.