O atacante Hernán Barcos, do Palmeiras, não se envolve em polêmicas, raramente foge do trajeto trabalho-casa e é um dos líderes de resistência nos treinos do Palmeiras. Tudo isso faz com que, desde sua chegada, em fevereiro, o atacante não tenha ficado fora de um jogo sequer da equipe, seja no Campeonato Paulista ou na Copa do Brasil. Depois da estreia do argentino, em jogo contra o XV de Piracicaba, dia 8 de fevereiro, sexta rodada do estadual, ninguém atuou tanto quanto ele: 1.585 minutos em 19 partidas, sem lesões ou suspensões.
Nesses 19 jogos, Barcos foi substituído quatro vezes e entrou no decorrer de apenas uma partida, justamente a primeira. Coincidência ou não, a sequência de atuações derrubou sua média de gols com a camisa do Palmeiras: nas primeiras nove partidas, oito gols. Nas dez seguintes, apenas dois. A comissão técnica, porém, assegura que o alto número de jogos não interferiu no desempenho do atacante em campo.
– Esse período sem gols é fase mesmo, não tem relação com sua condição física ou técnica. Ele se empenha bastante nos treinamentos, não costuma reclamar de cansaço, e por isso temos no Barcos um dos jogadores com físico mais privilegiado. Em breve os gols voltam – afirmou o preparador físico Anselmo Sbragia.
Contra o Paraná, nesta quarta-feira, pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, Barcos vai chegar a seu 20º com a camisa alviverde. E só agora ele corre risco de ganhar uma “folga”, pois está pendurado na competição nacional e pode levar o terceiro cartão amarelo. Descansando ou não, o argentino sabe que precisa corresponder e dar fim ao jejum incômodo de gols.
– Preciso melhorar, minha fase não está tão boa quanto no começo. Nos treinamentos, vamos corrigir alguns erros e espero voltar logo a fazer gols e ajudar o time – declarou o atacante.
Alguns atacantes tiveram inícios promissores no Palmeiras, mas não vingaram na sequência da temporada. O último exemplo é o de Keirrison, contratado do Coritiba em 2009 como grande artilheiro e que sumiu aos poucos: foram 16 gols nos primeiros 14 jogos pelo clube, por Campeonato Paulista e Taça Libertadores. No meio da temporada, saiu pela porta dos fundos, foi negociado com o Barcelona de forma polêmica e não se firmou mais. A missão de Barcos é evitar destino semelhante. Se depender de sua perseverança, o argentino tem tudo para afastar rapidamente o atual jejum.
– É fase, vou lutar como sempre lutei para superar e dar alegrias ao Palmeiras – avisou.
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