Juntos, Felipão e Luxemburgo ganharam 18 títulos pelo Palmeiras

Felipão recebe homenagem da diretoria palmeirense em 2009

A história não se apaga. Neste domingo (27), no estádio Olímpico, em Porto Alegre, o torcedor poderá vivenciar novamente o encontro de dois dos maiores campeões da história de 97 anos do Palmeiras. Luiz Felipe Scolari e Vanderlei Luxemburgo, juntos, somam 750 partidas sob o comando do clube e 18 títulos no currículo, 11 deles de maior expressão. Levando em conta somente títulos de maior expressão na elite do futebol, somente os dois treinadores ganharam títulos pelo Palmeiras nos últimos 36 anos, desde 1976.

Felipão chegou ao Palmeiras em meados de 1997 depois de protagonizar uma das maiores rivalidades do futebol brasileiro no comando do Grêmio. Seu principal adversário dentro de campo foi justamente Vanderlei Luxemburgo, até então no Palmeiras e atualmente no tricolor gaúcho. Dirigindo o Verdão, o atual comandante palmeirense conquistou seis títulos, três deles inéditos: a Copa Libertadores de 1999 e a Copa do Brasil e Mercosul de 1998. Ele também conquistou o Torneio Rio-SP de 2000 e o Torneio Naranja, realizado na Espanha, em 1997, e o Troféu Maria Quitéria, disputado na Bahia, no mesmo ano.

Durante o período em que dirigiu o Palmeiras, Felipão também chegou em outras cinco decisões: foi vice-campeão Brasileiro (97), vice-campeão Mundial, Paulista e Mercosul (99) e vice-campeão da Copa Libertadores (2000). Mesmo tendo deixado a equipe em meados de 2000, foi o consultor do seu auxiliar, Murtosa, na conquista da Copa dos Campeões disputada no Nordeste no mesmo ano, que valeu a classificação para a Libertadores.

Em seu retorno ao clube em meados de 2010, Felipão esteve perto de chegar à decisão da Copa Sul-Americana no mesmo ano, mas o time acabou eliminado na semifinal para o Goiás. Nesta temporada, Felipão chegou em mais uma semifinal e vai enfrentar justamente o Grêmio na Copa do Brasil. O treinador já dirigiu o clube em 383 partidas, somando 186 vitórias, 105 empates e 91 derrotas. Como treinador, só fica atrás de Osvaldo Brandão, que comandou o Palmeiras em 580 jogos.

Já Vanderlei Luxemburgo comandou o Palmeiras em 367 partidas somando as passagens de 93/94, 95/96, 2002 e em 2008/09: foram 220 vitórias, 80 empates e 67 derrotas. O aproveitamento de 67% de Luxemburgo é um dos melhores da história de um treinador pelo clube. No total, foram sete títulos: bi-Brasileiro (93/94), 4 vezes campeão Paulista (93/94, 96 e 08) e do Rio-SP (93), além de cinco taças (Taça Regianna-ITA 93, Nagoya-JAP 94, Brasil-Itália 94, EuroAmérica 96 e Taça Xangai-CHI 96), além de um vice-campeonato (Copa do Brasil 96).

Homenagem - Em 15 de maio de 2009, uma segunda-feira, Luiz Felipe Scolari estava de passagem pelo Brasil e foi homenageado pela diretoria do Palmeiras com uma placa comemorativa pelos 10 anos da conquista da Copa Libertadores de 1999. Até então dirigindo o Bunyodkor, do Uzbequistão, Scolari recebeu a homenagem das mãos de Luxemburgo em evento realizado na sala de imprensa da Academia de Futebol.

"O Felipão merece isso e muito mais, pois foi um vencedor no Palmeiras. E o clube está ainda mais de parabéns por valorizar a passagem vitoriosa desses profissionais", disse Luxemburgo, na ocasião.

Reencontro - Nesta última quarta-feira (23), em entrevista coletiva concedida logo após a vitória de 2x0 sobre o Atlético-PR, pela Copa do Brasil, Felipão falou sobre o retorno à Porto Alegre e o reencontro com Luxemburgo.

“Todos sabem do meu carinho pelo Grêmio, nunca escondi isso de ninguém. Assim como nunca escondi que minha outra paixão sempre foi o Palmeiras, e até por isso voltei ao Brasil”, disse. “Sempre fui muito recebido no Olímpico, por todos. Deixei inúmeros amigos e é sempre um prazer voltar a jogar lá”, completou, para depois elogiar o comandante rival.

“Eu e o Vanderlei, se não me engano, somos dois dos treinadores mais vitoriosos da história do Palmeiras. Eu também tenho uma história muito bonita no Grêmio, e o Vanderlei vai tentar construir a dele com títulos e vitórias. É meu amigo, vou dar um abraço nele, no Paulo Paixão (preparador físico), e conversar sobre futebol.”