O atacante Hernán Barcos foi uma exceção à regra de jogadores estrangeiros no Brasil: sem precisar do famoso “tempo de adaptação ao futebol brasileiro”, ele chegou fazendo gols e já é o artilheiro do Palmeiras no ano, com quatro gols em cinco jogos. Os dois marcados sobre o rival São Paulo deram ainda mais moral ao atacante com a torcida – ele já é reconhecido nas ruas e um dos mais aplaudidos durante as partidas. Para Barcos, o bom aproveitamento logo no início deu mais tranquilidade para dar sequência ao trabalho com boas atuações.
Vindo da LDU, do Equador, no início do ano, prometeu marcar mais gols do que na última temporada – foram 27 em 2011. Agora, faltam “só” 23 e nove meses de temporada pela frente. Barcos comemora a rápida adaptação e se diz feliz com a idolatria repentina que ganhou no Verdão. Só o trânsito ainda incomoda. Nesta terça, ele deixou sua casa em Alphaville às 7h30m, e avisou o taxista que precisava chegar às 8h30m para não se atrasar.
- Hoje teve um acidente na Castelo Branco, foi complicado chegar. Me falaram que tinha trânsito.Tinha muita expectativa, vontade de chegar e jogar no Palmeiras. Sabia que teria um tempo de adaptação, o físico, o ritmo, que é diferente no Brasil. Tive a possibilidade de fazer gols e isso ajuda a dar tranquilidade a qualquer atacante. O futebol aqui é mais rápido, mas os árbitros param muito as jogadas. É bom, técnico. Por isso é tão competitivo.
Com cinco jogos disputados pelo Paulistão, o atacante já conhece a competição e as dificuldades de jogar no interior de São Paulo. Na madrugada do último domingo, inclusive, ele teve a chance de conhecer melhor as estradas do interior paulista. Sorteado para o antidoping, se atrasou no exame e perdeu o voo da delegação para São Paulo – voltou de carro em viagem de cerca de seis horas e chegou às 4h na cidade. Ele culpa o calor de Presidente Prudente.
- Estava complicado, perdi muita água, estava desidratado. Tomei muita água, mas não conseguia. A pressão de perder o avião tornou tudo mais difícil (risos) – disse Barcos.
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